Pronomes Possessivos

Pronome possessivo é o tipo de pronome que indica a que pessoa do discurso pertence o elemento ao qual se refere.

Meu carro está estragado.

Quadro dos pronomes possessivos

 

Número Pessoa Pronomes possessivos
singular primeira meu, minha, meus, minhas
segunda teu, tua, teus, tuas
terceira seu, sua, seus, suas
plural primeira nosso, nossa, nossos, nossas
segunda vosso, vossa, vossos, vossas
terceira seu, sua, seus, suas

 

Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com a coisa possuída, e em pessoa com o possuidor.

(eu) Vendi minha moto.
(tu) Releste tua prova?
(nós) Compramos nosso carro.

Quando o pronome possessivo determina mais de um substantivo, ele deverá concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo.

Vou lavar minhas sandálias e tênis.

Emprego dos pronomes possessivos

– seu: a utilização do pronome seu (e flexões) pode gerar frases ambíguas, podemos ter dúvidas quanto ao possuidor.

A menina disse ao colega que não concordava com sua reprovação.
(reprovação de quem? Da menina ou do colega?)

Para evitar esse tipo de ambiguidade, usa-se dele (dela, deles, delas)

A menina disse ao colega que não concordava com a reprovação dela.
• A reprovação dela (da menina)

A menina disse ao colega que não concordava com a reprovação dele.
• A reprovação dele (do colega)

– existem casos em que o pronome possessivo não exprime propriamente ideia de posse. Ele pode ser utilizado para indicar aproximação, afeto ou respeito.

Aquele museu deve ter seus cem anos. (aproximação)

Meu caro amigo, cuide melhor de sua saúde. (afeto)

Sente-se aqui, minha senhora. (respeito)

– seu: anteposto a nomes próprios não é possessivo, mas uma alteração fonética de Senhor.

Seu José, o senhor poderia emprestar-me seu celular?

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

 

Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/pronomes-possessivos.htm

Prefixo “recém-” continua requerendo o hífen

“Neste ano, porém, o prefeito recém empossado Idson Brito (PSDB), um cardiologista, diz ter conseguido controlar a doença.”

Nesta fase de transição da ortografia antiga para a nova, muita gente hesita ante a possibilidade de usar o hífen. É bom que se diga que nem tudo mudou quando o assunto é o traço de união.

Os prefixos oxítonos terminados em “-em”, graficamente acentuados, sempre são presos por hífen ao termo subsequente. É o que justifica grafias como “além-mar”, “além-túmulo”, “além-fronteiras”, “aquém-mar”, recém-nascido, recém-inaugurado etc.

Note que o hífen nesses casos independe da letra inicial do segundo termo. Ele ocorre em qualquer situação. Essa regra não sofreu alteração com a reforma ortográfica.

Veja, abaixo, o texto corrigido:

Neste ano, porém, o prefeito recém-empossado Idson Brito (PSDB), um cardiologista, diz ter conseguido controlar a doença.

Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise)

o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.

Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.

PRÓCLISE

Usamos a próclise nos seguintes casos:

(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

– Nada me perturba.
– Ninguém se mexeu.
– De modo algum me afastarei daqui.
– Ela nem se importou com meus problemas.

(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

– Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
– É necessário que a deixe na escola.
– Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

(3)Advérbios

– Aqui se tem paz.
– Sempre me dediquei aos estudos.
– Talvez o veja na escola.

OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

– Aqui, trabalha-se.

(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.

– Alguém me ligou? (indefinido)
– A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
– Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

(5) Em frases interrogativas.

– Quanto me cobrará pela tradução?

(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

– Deus o abençoe!
– Macacos me mordam!
– Deus te abençoe, meu filho!

(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

– Em se plantando tudo dá.
– Em se tratando de beleza, ele é campeão.

(8) Com formas verbais proparoxítonas

– Nós o censurávamos.

MESÓCLISE

Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)

– Convidar-me-ão para a festa.
– Convidar-me-iam para a festa.

Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.

– Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.

ÊNCLISE

Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.

– Tornarei-me……. (errada)
– Tinha entregado-nos……….(errada)

Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.

– Entregar-lhe (correta)
– Não posso recebê-lo. (correta)

Outros casos:
– Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
– Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
– Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
– Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.

OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise:

– Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
– Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.

– Havia-lhe contado a verdade.
– Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.

AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

Infinitivo
– Quero-lhe dizer o que aconteceu.
– Quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio
– Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
– Ia dizendo-lhe o que aconteceu.

Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Infinitivo
– Não lhe quero dizer o que aconteceu.
– Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio
– Não lhe ia dizendo a verdade.
– Não ia dizendo-lhe a verdade.

 

Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/

Ao invés, invés ou em vez de?

Muita dúvida surge no emprego de “ao invés”, “invés” ou “em vez de” e é comum, uma vez que são muito semelhantes na grafia e também no significado.

Primeiramente, o termo “invés” é substantivo e variante de “inverso” e significa “lado oposto”, “avesso”. Na expressão “ao invés”, o substantivo “invés” continua com o mesmo significado, contudo, é utilizada para indicar oposição a algo ou alguma coisa e, portanto, significa “ao contrário de”. Geralmente vem acompanhada da preposição “de”.

Observe:

Ao invés de deixar os juros aumentarem, ligue para a empresa de cobrança e renegocie sua dívida.

Ao invés de protestar seu nome, conceder-lhe-ei  uma nova chance.

 

O termo “invés” é substantivo e variante de “inverso” e significa “lado oposto”, “avesso”.

Já a expressão “em vez de” é mais empregada com o significado de “em lugar de”, porém, pode significar “ao invés de”, “ao contrário de”. Observe:

A menina assistiu à TV em vez de filme. ( não poderá ser usado “ao invés de”, pois não há oposição de termos).

A professora, em vez de diminuir a nota do aluno, aumentou-a (a expressão “em vez de” poderia ser substituída por “ao invés de”, pois temos termos contrários “diminuir” e “aumentou”).

Se “em vez de” pode significar “ao invés de”, como poderemos identificar o emprego de ambas as expressões?

A expressão de “em vez de” pode ser empregada em múltiplas circunstâncias, desde que seus significados sejam mantidos. Já “ao invés de” poderá ser aplicada somente quando há termos que indicam oposição na frase, significando “ao inverso de”.

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

 
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/ao-inves-inves-ou-vez-de.htm

‘Eu tinha chegado’ ou ‘eu tinha chego’?

“Ouço muito essa frase, mas confesso que ela me causa dúvidas: o certo é ‘eu não havia chegado’ ou ‘eu não havia chego’? O termo chegar, nos dois casos, acaba soando estranho, mas um deles estaria correto?” (Luana Teixeira)

Sem dúvida, Luana: o correto é “chegado”, o único particípio do verbo chegar que a norma culta admite no Brasil e em Portugal. Existem verbos de duplo particípio, chamados abundantes, como aceitar e gastar (leia mais sobre eles aqui), mas chegar não pertence ao clube.

O particípio “chego” é uma criação popular documentada por linguistas em diferentes regiões de nosso país, em frases como “Na hora da briga, eu ainda não tinha chego”. Em versão substantivada também tem forte presença na língua oral informal, numa expressão como “dar um chego”, isto é, “dar um pulo, uma passada” em algum lugar. Mesmo assim, “chego” não encontra acolhida entre os gramáticos nem tem tradição de uso pelos ditos “bons autores”.

Caso semelhante e também condenado na norma culta é o de “trago”, particípio informal de trazer, de uso igualmente corriqueiro em frases como “Perguntei se ela tinha trago (por ‘trazido’) o presente”. Registram-se outras criações populares parecidas, ainda que menos disseminadas, como “perco” (particípio de perder) no Brasil e “caço” (particípio de caçar) em Portugal.

Vale notar que existe uma regularidade na formação desses “particípios irregulares” sem pedigree: como ocorre com os (legítimos) “aceito”, “gasto”, “pago” e outros, a forma do particípio popular coincide com a do presente do indicativo da primeira pessoa do singular: eu chego, eu trago, eu perco, eu caço…

Não é improvável que, com o tempo, algumas dessas formas emergentes acabem encontrando abrigo na língua culta. O mundo dos particípios irregulares sempre conviveu com uma boa dose de instabilidade. “Pego”, particípio irregular do verbo pegar, é aceito pelos gramáticos no Brasil, mas não em Portugal. Pode ser que um dia “chego” siga os passos de “pego”, mas, enquanto isso não ocorrer, Luana deve escrever “Eu não havia chegado” – e fim de papo.

 

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/consultorio/eu-tinha-chegado-ou-eu-tinha-chego/

Concordância Pronominal

Próclise (antes do verbo)

A próclise é usada quando, antes do verbo, houver uma palavra que tenha força atrativa sobre o pronome oblíquo (P.O). Tais palavras, às quais podemos chamar de fatores de próclise (F.P.), são principalmente:

A próclise é comum nos seguintes casos:

1. Quando o verbo segue um partícula negativa: não, nunca, jamais, nada, ninguém. Exemplos:

Não nos responsabilizaremos por sua atitude rebelde.
Nunca se acusou um cliente por esses motivos.
Um vendedor de nossa empresa jamais se contentará com níveis de faturamento tão baixos.
O relatório fora bem escrito, mas nada o recomendava como modelo que devesse ser imitado.
Ninguém o viu chegar, mas ele já se encontra no escritório.

2. As orações que se iniciam por pronomes e advérbios interrogativos também exigem antecipação do pronome ao verbo:

Por que o diretor se ausentou tão cedo?
Como se justificam essas afirmações?
Quem lhe disse que o gerente de vendas não se interessaria por tal fato?

3. As orações subordinadas também exigem antecipação do pronome ao verbo.

Ainda que lhe enviassem relatórios substancias, não poderia tomar nenhuma decisão.
Quando o office-boy o interrogou, ele levantou a cabeça.
Aquela correspondência que te chegou às mãos…

4. Alguns advérbios exercem força atrativa sobre o pronome: mal, ainda, já, sempre, só, talvez, não:

Mal se despedira…
Ainda se ouvirá a voz dos que clamam no deserto.
Já se falou aqui da inconsequente…
Só se acredita naquilo por que se interessa.
Os relatórios talvez se abstenham de informar…
Não se manifestará apoio ao desonesto, corrupto e politiqueiro idealizador de semelhante comemoração.

5. A palavra ambos, bem como alguns indefinidos (alguém, todos, tudo, outro, qualquer) também tem força atrativa:

Ambos os empregados me inquiriram sobre suas férias.
Alguém te dirá aos ouvidos…
Todos te olharão de esguelha…
tudo se transformará com o tempo.
Outra secretária se ajustará ao cargo com dificuldade.
Qualquer pessoa se persigna quando a situação está preta.

6. Nas locuções verbais, se houver negação ou pronome relativo, interrogativo:

Não se pode deixar de realizar…
Coisas que se podem deixar de realizar…
Por que se deve realizar esta tarefa?

7. Se o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, pode-se utilizar a antecipação pronominal:

Eu me dedicarei aos estudos gramaticais quando…
Eu me dedicaria aos estudos gramaticais se…

Pode-se também utilizar mesóclise, mas não é aconselhável, por revelar-se pedante. Embora o pronome pessoal do caso reto não tenha força atrativa, é recomendável a próclise para evitar o preciosismo da mesóclise.

8. Se houver vírgula depois do advérbio deve-se usar ênclise e não próclise.

Agora, esquecem-se dos amigos.

Mesóclise

O pronome oblíquo só pode ficar em mesóclise quando o verbo estiver no futuro (do presente ou do pretérito).

Dar-me-ei o prazer de…
Recomendar-nos-ia…

Para evitar afetação, recomenda-se buscar a forma menos preciosa de construção. Coloca-se então um pronome pessoal e antecipa-se o pronome:

Eu me darei o prazer de…
Eles nos recomendaria…

obs: Caso o verbo esteja no futuro, mas antes dele haja um fator de próclise, deve-se usar próclise e não mesóclise.

Dar-te-ei meu apoio. (mesóclise)
Não te darei meu apoio. (próclise)

Ênclise

1. Nos casos infinitivos, pode-se postecipar o pronome ao verbo:

O presidente quis enviar-lhe…
Para dizer-lhe a verdade…

Também se admite a construção:

Para lhe dizer a verdade…

2. A ênclise é obrigatória quando nada atrai o pronome oblíquo:

A secretária começou a interrogá-la…
Admite-se que o operador continue a digitá-lo.

3. O pronome tende a permanecer depois do verbo nas locuções verbais. Portanto, não fica solto entre os verbos:

A copeira continuou respondendo-lhe às perguntas.
Quando tu poderá dizer-nos…

Usos dos pronomes oblíquos com as formas nominais

Formas nominais:
Infinitivo: andar, viver etc.
Gerúndio: andando, vivendo etc.
Particípio: andado, vivido etc.

Verbo auxiliar + infinitivo

Há várias construções possíveis:

Devia preparar-me melhor.
v.aux. infin.

Devia-me preparar melhor.
Não devia preparar-me melhor.
Não me devia preparar melhor.
Não devia me preparar melhor.

Verbo auxiliar + gerúndio

Há várias construções possíveis:

A gasolina foi-se acabando.
A gasolina foi acabando-se.

Verbo auxiliar + particípio

Há várias construções possíveis:

Eles se haviam esforçado
Eles haviam-se esforçado.

OBServação: Não se coloca pronome oblíquo após particípio:

Eles haviam esforçado-se. (errado)

OBServações gerais:

1. Não é recomendável iniciar oração com pronome oblíquo:

Me telefonaram esta manhã de João Pessoa.
Te perguntaram alguma coisa?
Se esqueceu de falar o gerente?

2. O gerúndio determina que o pronome venha antes dele ou depois dele (mas sempre ligado por hífen a um verbo) quando em locuções verbais:

A secretária ia-se esquecendo de relatar…
A secretária ia esquecendo-se de relatar…

A gramática tradicional recomenda que o pronome não fique solto entre os verbos:

A secretária ia se esquecendo…

3. É comum e desejável substituir o pronome possessivo por um oblíquo:

Queimei o seu braço…
Queimei-lhe o braço…
Pisei no seu pé…
Pisei-lhe o pé…

 

Fonte: https://www.algosobre.com.br/gramatica/concordancia-pronominal.html

Mal ou Mau?

Estas duas palavras existem na língua portuguesa e estão corretas. Porém, os seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. A forma mais fácil e eficaz de usarmos corretamente estas palavras é pela oposição, ou seja, utilizando seus antônimos e vendo qual está correto na frase. O adjetivo mau é antônimo de bom e o advérbio mal é antônimo de bem.

Mau tem sua origem na palavra em latim malu e é um adjetivo. É uma palavra frequentemente utilizada pelos falantes, possuindo vários significados. Devemos usar o adjetivo mau sempre que quisermos referir alguém ou alguma coisa que: não é de boa qualidade, faz maldades, traz infortúnio, faz grosserias, não tem competência, é pouco produtivo, é inconveniente e impróprio, é travesso e desobediente, é difícil de superar e é contrário aos bons costumes. Assim, mau é sinônimo de malvado, cruel, desumano, ruim, ordinário, imperfeito, malfeito, prejudicial, maligno, grosso, desagradável, incompetente, impróprio, inadequado, indisciplinado, desobediente, árduo, indecente, imoral, entre outros. Mau antônimo de bom.

Exemplos:

  • Você é um mau amigo. (Oposição: bom amigo)
  • Esse cachorro é mau. (Oposição: é bom)

Mal tem sua origem na palavra em latim male e pode ser um substantivo comum, uma conjunção ou um advérbio. É também uma palavra frequentemente utilizada pelos falantes, possuindo vários significados. Como advérbio, mal se refere a alguma coisa feita de modo errado, de modo insuficiente, com dificuldade, de modo indelicado ou cruel ou de modo algum, sendo sinônimo de erradamente, incorretamente, de leve, insuficientemente, dificilmente, grosseiramente, severamente, jamais, nunca, entre outros. Como conjunção temporal, mal tem sentido de assim que e logo que. Como substantivo, mal se refere a uma desgraça, calamidade, dano, doença, enfermidade, pesar, aflição, sofrimento, defeito, problema, maldade. Mal é antônimo de bem.

Exemplos:

  • Você não entendeu o exercício? Você fez tudo mal. (Advérbio. Oposição: bem)
  • Você nem imagina o mal que você me faz. (Substantivo comum. Oposição: bem)
  • Mal saí da escola, já estavam esperando por mim do outro lado da rua. (Conjunção subordinativa temporal)

As palavras mau e mal são pronunciadas da mesma forma, mas escritas de forma diferente, com significados diferentes. A este tipo de palavras chamamos palavras homófonas. Na língua portuguesa, existem diversas palavras homófonas: mau/mal, asar/azar, senso/censo, concelho/conselho, cozer/coser, cinto/sinto,…

Fonte: http://duvidas.dicio.com.br/mal-ou-mau/